sábado, 7 de dezembro de 2019

Fotos da visita de Frei Damião ao município de Glória do Goitá no ano de 1983!

Imagens da visita de Frei Damião ao Município de Glória do Goitá no ano de 1983!
Ao seu Lado o ex prefeito José Correia de Oliveira, sua esposa e Rafael Correia seu filho.

terça-feira, 19 de novembro de 2019

Fotos inéditas dos carnavais de Glória do Goitá dos anos 84 e 85 da gestão José Correia.

Fotos inéditas  dos carnavais de Glória do Goitá dos anos 84 e 85 da gestão José Correia.
Na primeira foto abaixo aparece o ex prefeito em meio as festividades. A gestão José Correia foi marcada como umas das mais atuantes da história do município entre as que mais realizou obras em nossa cidade.

segunda-feira, 18 de novembro de 2019

Borborema, a empresa que teve sua origem no município de Glória do Goitá!

Borborema, a empresa que teve sua origem no município de Glória do Goitá!
Trata-se do casal José Lopes de Vasconcelos (Sr. Té Lopes) e dona Olga Ribeiro de Vasconcelos. Ele, nasceu em Glória do Goitá no dia 12 de Outubro de 1928; já dona Olga nasceu no então distrito de Chã de Alegria em 15 de dezembro de 1930. Ainda muito jovem, iniciou um empreendimento que galgou os maiores patamares da época. Após ganhar um ônibus de seu pai, o comerciante Ernesto Lopes de Vasconcelos, Té desenvolveu esforços que o levaram a fundar no início dos anos 50, a Alta Viação Glorience que posteriormente passou a se chamar Borborema, única empresa de turismo da região, com intinerários levando os glorienses a Chã de Alegria, Vitória de Santo Antão e Recife. 
Algo que até hoje permanece como um arquivo na memória dos que vivenciaram este período, é a organização que existia na empresa: o escritório, a dedicação dos funcionários, a oficina, garagem etc. O maior interesse sempre foi servir a população de Glória com tamanho apreço, afinal, ele amava sua terra e mantinha tamanho carinho por seus conterrâneos. 
Apesar de manter boa condição social, sempre esteve ao lado das pessoas; exercer a ação social era algo contínuo para o casal. 
Festas religiosas e culturais, os bailes de dona Olga, e o carisma em meio ao povo são características que o definem.
Quis Deus em seus desígnios que em 1964, aos 36 anos, vítima de uma doença rara viesse à óbito, o que causou tamanha comoção no município . 
O poeta Rafael Neto, escreveu literatura de cordel sobre a história do antigo empresário, que foi recitada na Câmara de Vereadores em 2014 numa Sessão Solene, dentre tantos versos, encerrou o poeta:
“Ninguém mais vê sua imagem 
Ninguém ouve sua voz 
E uma salva de palmas 
Quero pedir logo após 
A um personagem que abriu estrada pra nós.”
O neto do casal, Luciano Vasconcelos Júnior lançará, em breve, uma biografia relatando a história do renomado empresário, bem como a relação do mesmo com nossa cidade.

Imagem de Show de Luiz Gonzaga na Cidade de Glória do Goitá na década de 70.

Imagem do Show de Luiz Gonzaga realizada no município de Glória do Goitá na década de 70. 
O Show foi realizado onde é hoje o pátio da feira.

quinta-feira, 14 de novembro de 2019

Biografia de Padre Pedro, Ex-Padre e ex-prefeito de Glória do Goitá

Mais duas fotos inéditas de Padre Pedro Ex Pároco e Ex prefeito de nossa cidade.
Na primeira foto tirada no ano de 1962 o mesmo aparece fazendo a entrega de dois carros onde o mesmo conseguiu para o município através da prefeitura onde está ao fundo a atual igreja matriz em construção e na segunda foto o mesmo aparece celebrando no altar da antiga igreja matriz do nosso município!
Padre Pedro foi responsável por grandes obras em nosso município como a construção das escolas Dom Miguel e Paroquial de menores, como também fortaleceu o fornecimento de energia elétrica para o nosso município!
#AmoMinhaCidade

quarta-feira, 13 de novembro de 2019

Fotos inéditas de Padre Pedro tiradas por volta dos anos 60!

Fotos inéditas de Padre Pedro Ex Pároco e também Ex prefeito de nossa cidade tirada por volta dos anos 60. O mesmo foi o responsável direto pela criação da atual igreja matriz, da escola Paróquia de Menores e também da escola Dom Miguel.
Sem dúvidas um dos maiores prefeitos da história de nossa cidade.

segunda-feira, 11 de novembro de 2019

Fotos aérias do município de Glória do Goitá tiradas no ano de 1945!

Fotos aérias tirada de um elicoptero sobre a cidade de Glória do Goitá no ano de 1945! 
Algumas fotos são inéditas!
Agradecemos ao imigo Rivaldecio Lins por nos ter cedido as imagens!

quarta-feira, 6 de novembro de 2019

O Primeiros Moradores de Glória do Goitá!


O primeiro povoamento nas terras do goitá, aconteceu no século XVI, no ano de 1570, Sendo a primeira sesmaria do Agreste Pernambucano. Naquele momento chegava às terras da Ribeira do goitá, o pioneiro na fundação de propriedade rural no agreste, o português Gaspar Pires, recebeu da Dona Brites de Albuquerque, na época a administrava da capitania de Pernambuco no lugar do se filho Duarte Coelho de Alburqueque, que estava em Portugal. A doação de terras, com a condição, de construir no local, um engenho, que foi erguido e ganhou o nome de Goitá, 47 anos após. O Governador Matias de Albuquerque assina carta de sesmaria, doando 3 mil braças de terra na Ribeira do Goitá, ao colono Pedro Barroso, que ali fixou moradia e desde de 1617, onde passara a criar gado e cuidar de lavoura, juntamente com seus familiares e escravos. Barbalho, 1981:167.

No dia 4 de novembro de 1623, o tabelião público da vila de Olinda Domingos de Alvarenga, registra o auto de posse do sesmeiro Pedro Barroso das terras que lhe foram doadas na Ribeira do Goitá, alegando na ocasião, haver povoado aquela região, onde “tem casas de telha e outras de palha... roças... e pacovais, e ananazal, e árvores de espinhos”. O registro vem assinado pelo tabelião, por Pedro Barroso e por três testemunhas, Diogo Martins Couto, João Jorge e Frei Anselmo, da O.S.B. As terras, contudo, pertenciam aos herdeiros de Gaspar Pires, que esqueceu de registrá-las, gerando um impasse entre Pedro Barroso e os herdeiros de Gaspar Pires. Barbalho, 1981:169.

Em 10 de Novembro de 1656, Pedro Barroso, decrépito e enfermo, assina seu testamento, deixando como herdeiro Francisco Falcão de Magalhães e Frei Bento dos reis. Na Época, toda a região do Goitá, fazia parte do curato de nossa senhora da Luz, cujo padre-cura era o reverendo João Carvalho da Silva. No dia 1 de março de 1657, o mosteiro de são bento, de Olinda, compra, dos herdeiros de Pedro Barroso, pelo valor de 240$000(duzentos e vinte mil réis), 3 braças de terra, contendo, em seu território, algumas casas, uma olaria com o seu forno e pastos para gado. A referida propriedade situava-se nas vizinhanças do Engenho Goitá, fundado no século XVI por Gaspar Pires, Hoje se situa no Município de Chã de Alegria. Barbalho, 1981:156.

No dia 4 de maio de 1676, D. Pedro de Almeida, governador de Pernambuco, assina carta patente nomeando o português Antonio Borges Carvalho de Vasconcelos para ser o capitão-comandante do recém-criado distrito de Glória do Goitá e Peri-peri, cuja jurisdição pertencia a paróquia de nossa senhora da Luz. Pereira, anais, VIII, 87. Somente em 1760, contudo, É que Davi Pereira do Rosário, morador do distrito de Glória do Goitá, fundaria uma capela dedicada a nossa senhora da glória, esse acontecimento foi um motivo de aproximação dos Moradores daquela localidade, formando assim um núcleo de população e de casas arruadas. Que no dia 6 de maio de 1837, se tornou freguesia sendo desmembrado do território de nossa senhora da Luz, pela lei provincial n.38, chegando a cidade no dia 15 de novembro do mesmo ano o primeiro Pe. Joaquim Ignácio Gonçalves da Luz, por lei provincial em 9 de junho de 1877 foi elevada a categoria de vila, a lei provincial n. 1805 de 23 de junho de 1885, deu-lhe o foro de comarca, separando-a de Paudalho, mas apenas na república, foi instalada em 7 de janeiro de 1892, pelo seu juiz de direito Dr. João Augusto de Albuquerque Maranhão. De acordo com a lei n 52 de 3 de agosto de 1892, que autorisou a organização autônoma dos municípios, constitui-se em 25 de janeiro de 1893, sendo o 1° governo, prefeito, capitão Antonio Eustachio de Albuquerque Pinto, sub-prefeito, tenente Joaquim Antonio de Lemos Vasconcelos, e os membros do conselho municipal, capitão Joaquim Alves Barbosa, tenente Luiz de França Andrade lima, alferes Antonio Borges Alves, tenente João de Lemos Vasconcelos, Antonio Francisco de Andrade Cavalcante, Antonio Vicente Pereira de Carvalho, Antonio de Moura de Carvalho e Joaquim José de Arruda.

Fonte: Blog O Goitaense.

terça-feira, 5 de novembro de 2019

Fotos da Banda Marcial da escola Barros Guimarães tiradas no ano de 1969.

Foto da banda marcial da escola Barros Guimarães tirada no ano de 1969 na festa de 7 de setembro na praça do Cristo Redentor de nossa cidade, em frente a prefeitura municipal. Na quela época o maestro e instrutor era Bibio de dona Celi.

Fotos históricas tiradas na frente da antiga igreja matriz da Cidade de Glória do Goitá no ano de 1945.

Fotos históricas datada de por volta do ano de 1945, tiradas em frente a primeira igreja matriz de nosso município que ficava onde é hoje no meio da atual praça de eventos de nossa cidade. Na foto aparece o ex pároco de nossa cidade PE. RODOLPHO MARTINS MOREIRA  que assumiu a  Paróquia de nossa cidade no ano de1937.

domingo, 3 de novembro de 2019

Biografia do Ilustre filho de Glória do Goitá o Advogado - Joaquim de Albuquerque Barros Guimarães (1852-1896)

Nasceu no dia 9 de dezembro de 1852, em Pernambuco, e faleceu no Ceará no dia 4 de maio de 1896. Graduou-se em Direito no ano de 1874. Ensinou retórica no Colégio de Belas Artes. Entretanto, em 1882, passou a ser professor substituto na Faculdade de Direito do Recife, alçando o título de catedrático apenas em 1887.

Em um de seus primeiros trabalhos, Barros Guimarães escreveu uma tese sobre Direito Civil. Depois, veio a publicar sua primeira obra: Elementos de Direito Romano em 1883. Essa obra, apesar de não ser extensa, contém informações importantes sobre essa matéria. O autor dividiu o livro em vários títulos, a fim de especificar e melhor abordar os assuntos propostos.

Barros Guimarães também foi designado, em 1892, para ir ao exterior e conhecer os métodos de ensino que eram abordados nesse meio para servirem de referências nos Cursos Jurídicos do Império no Brasil. Em sua viagem ao estrangeiro, tinha o intuito de aprender didáticas, adquirir conhecimentos variados e ponderar, assim, sobre os métodos dos países europeus, como França, Alemanha e Itália. Suas impressões foram registradas através de um relatório de importante valor que foi entregue e apresentado ao Governo. Esse documento objetivava aplicar os melhores aprendizados e experiências de Barros Guimarães nos cursos jurídicos brasileiros e aplicá-los na realidade de todo ensino nacional.

Guimarães também era elogiado por sua eloqüência e por ter um discurso hábil, inteligente e por ser considerado um professor brilhante, segundo o relato de Clóvis Beviláqua. Barros Guimarães, seguia valores de cunho conservador e atuou no jornalismo em um jornal tradicionalista, a fim de rebater com opositores, preservar seu partido e defender seus ideais. 

 

Obras:

 

Fonte:

BEVILAQUA, Clóvis. História da Faculdade de Direito do Recife. 3ª ed. Recife: Editora Universitária da UFPE, 2012

Biografia de Dom Miguel de Lima Valverde Arcebispo que inspirou o nome da escola Dom Miguel

Miguel de Lima Valverde nasceu em Santo Amaro (BA) no dia 29 de setembro de 1872, filho de Antônio Severiano de Lima Valverde e de Hermelinda Carolina de Lima Valverde.

Em 5 de fevereiro de 1885 entrou para o Seminário da Bahia, onde concluiu os preparatórios e estudou filosofia e teologia. Em 1890, recebeu sua primeira tonsura e, em 1892, as ordens menores. Subdiácono em 1893, passou a diácono no ano seguinte, e, em 1895, foi ordenado padre (presbítero).

Em abril de 1896, foi nomeado capelão do asilo Conde Pereira Marinho, da congregação das irmãs dorotéias. No ano seguinte, viria a ser designado confessor da mesma ordem. Mais tarde promovido a cônego da Sé (Catedral de Salvador), tornou-se vigário-geral da Arquidiocese Primaz em fevereiro de 1908.

Escolhido pela Santa Sé para a diocese de Santa Maria da Boca do Monte, hoje Santa Maria (RS), dom Miguel foi sagrado bispo em outubro de 1911 e empossado no dia 7 de janeiro de 1912. Durante seu episcopado gaúcho, escreveu algumas cartas pastorais, numa das quais lançou o movimento que resultou na criação do Seminário Diocesano (Seminário Menor de Santa Maria), por ele fundado em 1914 e considerado sua principal obra na diocese, em virtude da escassez do clero. Também instituiu 14 paróquias e três curatos.

Em 14 de fevereiro de 1922, pela bula Hodie Nos, o papa Pio XI nomeou-o para a arquidiocese de Olinda e Recife, a qual, desde 1921, vinha sendo governada pelo deão Pereira Alves, como vigário capitular, em virtude da transferência de dom Sebastião Leme para a cidade do Rio de Janeiro. Dom Miguel tomou posse do novo cargo no dia 23 de julho de 1922.

 

Ação pastoral

Logo de início, empenhou-se na criação de uma imprensa católica, acentuando sua importância em pastoral de março de 1923 e instituindo o “dia pró-Tribuna”, a fim de transformar o hebdomadário A Tribuna em um jornal diário. A necessidade de estimular uma imprensa religiosa que, segundo suas palavras, “defendesse e propagasse os princípios católicos”, foi consubstanciada através da criação da Associação da Boa Imprensa, sociedade civil entregue a leigos e instalada ainda em 1923, e da fundação, em 1925, do Boletim Mensal, órgão oficial da arquidiocese, em substituição a O Mês do Clero.

Quanto ao descanso dominical, um de seus temas preferidos, em maio de 1924, quando não havia qualquer legislação sobre o assunto, dom Miguel assinou um acordo com representantes da classe comercial para o fechamento do comércio nos domingos e dias santos. Mais tarde (1931), os empregados desse setor fizeram ao arcebispo uma grande manifestação pelo benefício que lhes prestara.

Em 1926, inaugurou a escola e as oficinas do padre Machado, no bairro do Brum, em Recife, e, em junho de 1927, criou em cada paróquia conselhos de fábrica, constituídos por leigos encarregados da administração dos bens e do patrimônio.

A ação pastoral de dom Miguel deu especial ênfase à disseminação da doutrina religiosa, apoiando particularmente a criação de núcleos de jovens e estimulando a organização de Ação Católica na arquidiocese. Tendo manifestado, em 1928, seu desejo de dispor de um padre “versado em sociologia” para colocar à frente da obra em que se empenhava, veio a implantar depois os círculos operários, entregues aos cuidados do padre Costa Carvalho. Em 1929, promoveu assembléias gerais da Confederação das Associações Católicas e da Obra das Vocações Sacerdotais, além de ter realizado a sessão preparatória da União dos Operários Católicos.

A Juventude Católica Feminina de Pernambuco, criada em dezembro de 1932, foi a primeira entidade brasileira nos moldes da Ação Católica Italiana que, mais tarde, Pio XI universalizou. Em 1933, dom Miguel reorganizou a Confederação das Associações Católicas e, em julho de 1934, mandou fundar associações missionárias. Em circular de novembro de 1935, referiu-se à criação de associações de Ação Católica nas paróquias. Estas associações foram fundadas e iniciaram seus cursos em março do ano seguinte. Em abril de 1937, instalou as juntas dos diversos ramos da Ação Católica, a qual já funcionava amplamente na arquidiocese de Olinda e Recife quando foi oficializada em todo o país (1936). De janeiro a março de 1938, o padre Leopoldo Brentano, fundador dos Círculos Operários no Rio Grande do Sul, permaneceu na capital pernambucana. Mais tarde (1947), dom Miguel viria a criar a União Missionária do Clero.

Em relação à catequese, desde 1924 dom Miguel adotou sucessivas providências. Nesse ano, uniformizou o texto do catecismo paroquial e o do ministrado pelos colégios católicos. Mais tarde, deu permissão para que o ensino religioso se desse também nas escolas públicas. Em julho de 1934, iniciaram-se as aulas de religião na Escola Normal. Em 1936, dom Miguel baixou uma circular com instruções sobre o ensino religioso nas escolas.

Também nesse período, iniciou-se o Curso Anchieta para catequistas, a cargo da Cruzada das Educadoras Católicas e, em outubro de 1937, realizou-se a Semana Pedagógica da Cruzada das Educadoras Católicas, com a finalidade de preparar o II Congresso Católico de Educação. Em novembro do mesmo ano, dom Miguel criou o Departamento Catequético Arquidiocesano. Em outubro de 1943, realizou-se em Recife o Tríduo Catequético. Em maio de 1946, dom Miguel regulamentou o ensino religioso nas escolas e, finalmente, em 1950, lançou na arquidiocese uma “maratona catequética”.

Ao longo de mais de 20 anos, dom Miguel realizou grande número de obras de construção para a arquidiocese. Em 1929, promoveu a reforma e restauração, concluída em 1934, da igreja Madre de Deus. Em 1930, inaugurou o Lar Sacerdotal e, em setembro de 1934, o prédio da Pequena Cruzada, na estrada de Água Fria. Em 1936, sagrou a nova matriz da paróquia de Belém e, em maio de 1938, inaugurou a matriz do Arraial. Em 1941, reinaugurou a igreja das Fronteiras. Em novembro de 1944, nomeou uma comissão para a restauração do convento de Santo Amaro, em Serinhaém, e, em 1950, instituiu outra comissão para a construção, em Camaragibe, de um mosteiro para as carmelitas que, desde 1925, residiam no Recife.

Durante seu arcebispado, dom Miguel efetuou várias viagens, ora em visitas pastorais às paróquias a ele subordinadas, ora a Roma, em visitas ad limina, comuns ao seu cargo. Também participou de congressos e reuniões eclesiásticas, não só em Recife, mas ainda em outras cidades do Brasil e do exterior. Assim, em agosto de 1934, viajou para o Congresso Eucarístico de Buenos Aires. Em 1939, foi ao Rio de Janeiro para tratar do Congresso Eucarístico Nacional, que, presidido por ele, veio a realizar-se no Recife, de 1º a 8 de setembro do mesmo ano. Anos mais tarde, em 1945, presidiu o Congresso Eucarístico de Maceió.

 

Pronunciamentos políticos

Além das atividades especificamente religiosas desenvolvidas por dom Miguel, algumas considerações de teor político foram incluídas em várias de suas exortações quaresmais. O arcebispo, inclusive, emprestou seu apoio a organizações diretamente ligadas à política nacional.

Durante a Revolução de 1930 ordenou, em 19 de outubro, “orações pela paz no Brasil”. No dia 25 do mesmo mês, publicou um comunicado sobre a paz, tendo também associado sua Igreja aos “júbilos” pelo término da Revolução de 1930.

Na exortação quaresmal de 18 de fevereiro de 1931, pediu aos fiéis que obedecessem às leis e que, na família, na Igreja ou no Estado, respeitassem a autoridade. Esta, segundo disse, é sagrada, já que foi atribuída por Deus aos homens. “Suprima-se da sociedade o poder que a rege e logo teremos a desordem, a anarquia, o caos”, afirmou então dom Miguel. Para o arcebispo, os homens só não teriam de obedecer à autoridade quando lhes fosse exigida alguma coisa que, abertamente, “repugnasse ao direito natural ou divino, porque é igualmente vedado praticar tudo o que violar a lei natural ou a vontade de Deus”.

Por ocasião da Revolução de 1932, dom Miguel ordenou, em 23 de julho desse ano, orações “pela paz no Brasil”. Em novembro de 1933, pediu que se rezasse “pela Assembléia Constituinte Nacional”. Através da Liga Eleitoral Católica pernambucana, procurou influir na eleição de representantes à Constituinte.

Em exortação quaresmal de 1936, referiu-se ao “levante comunista de novembro” do ano anterior, o qual, em sua opinião, “por um triz não subverteu a ordem em todo o país, fazendo-nos retrogradar de quatro séculos de civilização cristã”. Dom Miguel afirmou, ainda, que o socialismo “é essencialmente anticristão” e que o comunismo é “a revolta dos instintos contra a razão, do homem contra Deus”. Na mesma exortação, o arcebispo disse ter incentivado a organização da Ação Católica na arquidiocese para sanar a “crise das consciências” e conseguir transformar o meio social “paganizado”.

Na quaresma de 1942, dom Miguel advertiu contra o espiritismo e os “perigos” das seitas protestantes, ao mesmo tempo em que, associando-se às preocupações com a Segunda Guerra Mundial, dispensou os fiéis do jejum e da abstinência. Em junho, antes mesmo da Pastoral Coletiva do Episcopado Nacional, reservou à guerra um capítulo — “Deus e a Pátria” — das resoluções dos bispos de sua província eclesiástica. Além disso, apoiou as atividades da Legião Brasileira de Assistência e da Organização de Defesa Civil. Em outubro, interessou o clero e os fiéis na campanha de fomento agrícola, a que prestou significativo apoio.

Em maio de 1944, dom Miguel reiterou a ordem de orações pela paz e, no dia 25 de janeiro de 1946, aprovou a reorganização da Liga Eleitoral Católica, que reiniciou suas atividades depois do Estado Novo. Na exortação quaresmal desse ano, voltou a invectivar contra o comunismo: “Numa campanha astuta e insidiosa propala-se..., entre o nosso povo simples e sem cultura suficiente para discernir a serpente que se oculta por baixo da folhagem verdosa,... que o comunismo nada tem contra a religião e tão-somente procura melhorar, em futuro próximo, as precárias condições de vida do nosso povo pobre e sofredor. As promessas são sedutoras... Urge... [que] se desfaça a ilusão que está fascinando a muita gente.... Com um tal sistema haverá mais lugar para a vida religiosa e cristã?”

Dom Miguel retomou o assunto em suas mensagens anuais de 1947 e 1949, numa das quais afirmou que, se conseguisse dominar o mundo, o comunismo acabaria com a riqueza pessoal: “Todos ficariam pobres. Abastados seriam somente os funcionários do Estado, dono e possuidor de todos os bens. Ora, ser pobre e livre é bem melhor do que ser escravo. A pobreza nunca foi um opróbrio.”

Em 1950, teve sua última reunião com a Ação Católica, numa assembléia de toda a Juventude Operária Católica Arquidiocesana. Em fevereiro de 1951, fez sua derradeira exortação quaresmal.

Faleceu no dia 7 de maio de 1951.

Ao longo de seus 29 anos de episcopado pernambucano, dom Miguel criou 19 paróquias, instalou o Seminário de Pau d’Alho e promoveu a instalação da diocese do Caruaru, que havia sido criada pelo papa Pio XII em agosto de 1948.

Dom Miguel Valverde escreveu quatro cartas pastorais e várias exortações quaresmais. Em 1972, no centenário de seu nascimento, a Sociedade Cultural Paulo VI, de Recife, organizou e editou a obra Dom Miguel de Lima Valverde — in memoriam.

Sônia Dias

 

 

FONTES: CONFERÊNCIA NAC. BISPOS DO BRASIL; GARDEL, L. Armoiries; Jornal do Comércio, Rio (7/5/51); SOC. CULT. PAULO VI. Dom Miguel.


Baixar o Livro "O cabeleira"

Clique no Link a baixo e baixe o Livro "O Cabeleira", que fala sobre o Gloriense que se tornou o primeiro cangaceiro que se tem registro. 
http://objdigital.bn.br/Acervo_Digital/Livros_eletronicos/o_cabeleira.pdf

Madame Satã "Filme Completo"

Lançado em  8 de novembro de 2002, tendo como diretor Karim Ainouz e roteiro de  Karim Ainouz, Marcelo Gomes, Sergio Machado e Maurício Zacharias o filme fala sobre a vida do Gloriense João Francisco dos Santos mais conhecido como Madame Satã.
Nas favelas do Rio da década de 1930, João Francisco dos Santos é várias coisas - filho de escravos, ex-presidiário, bandido, homossexual e patriarca de um bando de párias. João se expressa no palco de um cabaré como o travesti Madame Satã.

Peça Teatral sobre a vida e História do Gloriense João Francisco dos Santos "Madame Satã"


O Gloriense João Francisco dos Santos "Madame Satã"

João Francisco dos Santos (Glória do Goitá25 de fevereiro de 1900[1] — Rio de Janeiro12 de abril de 1976[2]), mais conhecido como Madame Satã, foi um transformista brasileiro, uma figura emblemática e um dos personagens mais representativos da vida noturna e marginal da Lapa carioca na primeira metade do século XX.
Nascido em Glória do Goitá, um município brasileiro localizado no interior do estado de Pernambuco, na Zona da Mata, João Francisco se mudou para a Lapa – que na época passava por um processo de transformação e civilização – aos 13 anos, onde viveu como moleque de rua até conseguir um emprego como vendedor ambulante de pratos e panelas de alumínio.[3]
Foi em sua juventude na Lapa que João aprendeu a ser segurança, garçom, cozinheiro, capoeirista e até mesmo malandro. Porém, desde que conseguiu entrar para o teatro, João se afastou da vida boêmia do bairro que tanto conhecia. Em uma noite de 1928, quando voltava do trabalho, João resolveu jantar em um boteco – local onde encontrou Alberto, um vigilante noturno. O transformista, após ser provocado pelo vigia, pegou uma pistola e atirou no guarda. João foi condenado e passou dois anos e três meses na prisão de Ilha Grande. Depois de ser preso, João se afastou da carreira de artista e passou a viver uma carreira marginal.[4]
Cerca de dois anos depois, João Francisco foi absolvido de sua pena ao alegar legítima defesa. Apesar da absolvição, a vida do transformista foi marcada por outros 29 processos[5] – 3 homicídios, 13 agressões, 2 furtos, 3 desacatos, 4 resistências a prisão, 1 ultraje ao pudor e 1 porte de arma, entre outros. Nos processos os quais foi indiciado, João foi condenado em dez, passando um total de 27 anos e 8 meses de sua vida, intercalados, na prisão.[6] Com sua larga ficha criminal, João Francisco era um alvo fácil para os policiais.
O famoso apelido, Madame Satã, foi atribuído a João Francisco apenas no carnaval de 1938. Neste ano, o transformista desfilou pela primeira vez, trajando uma fantasia dourada – inspirada em um morcego típico de sua cidade natal. João garantiu o primeiro lugar do concurso e, após a festa terminar, ele e seus amigos foram levados para a delegacia. Porém, antes de serem soltos, o delegado exigiu saber o nome de cada suspeito. João se recusou a falar e foi apelidado pelo delegado de Madame Satã, que o reconheceu como vencedor do concurso.[7]
Assumidamente homossexual, João Francisco se casou com uma mulher aos 34 anos e, com Maria Faissal, criou e educou os seus seis filhos de criação.[8] Em fevereiro de 1976, João foi encontrado internado em um hospital em Angra dos Reis, um município situado no sul do Rio de Janeiro. Dois meses depois, o transformista faleceu, aos 76 anos, devido a um câncer pulmonar.[2]

Fonte: Wikipedia

Biografia de Padre Pedro, Ex-prefeito e ex-Padre de Glória do Goitá

Pedro de Souza Leão, filho de Pedro de Souza Leão e de Minervina de Souza Leão, nasceu no dia 8 de janeiro de 1917, na propriedade Canas, distrito de Nossa Senhora do Ó, Município de Ipojuca – PE. E faleceu no dia 20 de Maio de 1991.
Ingressou no Seminário de Olinda no dia 3 de março de 1936 e ordenou-se sacerdote no dia 1° de Novembro de 1947, sendo oficiante o Exmo.sr. Arcebispo Dom Miguel de Lima Valverde.
Celebrou sua primeira missa solene, no dia 8 de dezembro daquele mesmo ano, na Igreja de Nossa Senhora do Ó de Ipojuca. No dia 5 de janeiro de 1948 foi empossado Vigário Cooperador de Vitória de Santo Antão e nomeado capelão do Colégio N. S. da Graça.
Assumiu a Paróquia de N. S. da Glória, em Glória do Goitá, em 1949. Nessa Paróquia desempenhou missão sacerdotal como Vigário até o dia 25 de julho de 1959, eleito prefeito do Município da Glória do Goitá de 1959 á 1962. Tendo realizado, nesse período três importantes construções: A Igreja Matriz, a Escola Paroquial de Menores e o Ginásio Dom Miguel de Lima Valverde. Em janeiro de 1962, mais uma vez foi nomeado capelão do Colégio N. S. da Graça. Em agosto de 1962 assumiu o cargo de Diretor da Construção do Seminário Regional do Nordeste, a convite do Exmo.sr. Arcebispo Dom Carlos Coelho.
No dia 30 de maio de 1964, assumiu o cargo de diretor do Instituto Profissional de Pacas, uma organização em prol à recuperação do menor, e que ocupou até o dia 30 1971, a convite do Exmo.sr. Governador do Estado Paulo Pessoa Guerra.
No dia 8 de Setembro de 1971, foi nomeado pároco de Cavaleiro, em Jaboatão dos Guararapes, onde construiu a Matriz de N. S. de Lourdes, em 7 de outubro de 1973.

HINO DO MUNICÍPIO DA GLÓRIA DO GOITÁ

LETRA: JOSÉ DE ATAÍDE

MÚSICA: GERALDO COSTA



É CAMINHANDO PELO SOLO BRASILEIRO
QUE ENCONTRAMOS NOSSAS TERRAS NOSSAS MATAS
NO SEIO DESTA PÁTRIA TÃO AMADA
NASCEU GLÓRIA DO GOITÁ ABENÇOADA


ESTRIBILHO:

DAVI PEREIRA DO ROSÁRIO E OS HERÓICOS LAVRADORES.
CONSTRUÍRAM NOSSA TERRA NESTA GRANDE REGIÃO
DAS MATAS VIRGENS DANDO GLÓRIA E LOUVORES
EDIFICARAM NOSSA CASA DE ORAÇÃO

NOVE DE JULHO FOI O DIA EM QUE SURGIA
E
 NESTA DATA TEVE A EMANCIPAÇÃO
ERA MAIS UMA CIDADE QUE NASCIA
COMPLEMENTO DE UMA GRANDE NAÇÃO

HOJE COM OS FILHOS DESTA NOVA GERAÇÃO
PELO PROGRESSO EM PERFEITA UNIÃO
TRIBUTAMOS
 À CIDADE NOSSA GLÓRIA
COM O SEU NOME E SEUS HERÓIS E SUA HISTÓRIA.

Quarta-feira, 7 de janeiro de 2009. INAUGURAÇÃO DO SISTEMA DE ABASTECIMENTO D'ÁGUA DO MUNICÍPIO DA GLÓRIA DO GOITÁ.

Após 10 anos, os 27.397 mil moradores da Glória do Goitá já podem abrir as torneiras sem medo da falta de água. Nesta quarta-feira (07/01), o governador Eduardo Campos e o secretário de Recursos Hídricos, João Bosco de Almeida, estiveram na cidade da Mata centro pernambucana, localizada a 63 km do Recife, para inaugurar o seu novo sistema produtor de água que para ser construído recebeu um investimento de R$ 4 milhões do Governo do Estado.

A inauguração contou com a presença do prefeito da Glória do Goitá Djalma Souto Maior Paes Junior, da Prefeita da Feira Nova Marilene Chaves, Prefeito de Limoeiro Ricardo Teobaldo, ex-Prefeito da Vitória de Santo Antão José Aglailson e o Dep. Estadual Aglaison Junior

Cerca de 500 pessoas foram à Praça Joaquim Nabuco, no centro do município, para acompanhar a abertura simbólica de um chuveiro pelo governador. Durante seu discurso, Eduardo lembrou que assim como seu avô, o ex-governador Miguel Arraes, fez com a energia elétrica, pretende universalizar o fornecimento de água no estado. Também mostrou-se muito feliz em poder livrar do racionamento mais de um milhão de pernambucanos em apenas dois anos de Governo:

“O que Glória vive hoje também foi vivido pelo povo de Caruaru, Lajedo, Exu, Bodocó, várias outras cidades e também de diversos bairros da Região Metropolitana do Recife”, disse o governador, que na segunda-feira, 19, assinará a ordem de serviço para a implantação do sistema de abastecimento das cidades de Limoeiro, Agrestina, Altinho e Ibirajuba. “Também já pedi a Compesa para fazer a licitação, nos próximos 90 dias, das obras em Lagoa de Itaenga e Lagoa do Carro, cidades que sofrem muito com essa questão da falta de abastecimento”, afirmou.

O secretário João Bosco afirmou que Glória é mais uma cidade a sair da “lista vermelha” do racionamento: “Encontramos 75% das cidades em sistema de rodízios ou em colapso e mais de quatro milhões de pernambucanos nessa situação. Aqui em Glória do Goitá, o racionamento e o carro-pipa são coisas do passado”, disse.

O estudante Tibério César Mendes, 27, estava animado com a mudança de vida que será sentida pelos glorienses. “A situação só melhorava no inverno, quando o abastecimento durava toda a madrugada. No resto do ano, a água só chegava durante uma hora, das 18h às 19h. Agora, chega constantemente e com uma pressão danada”, vibrou.

O novo sistema produtor de Glória do Goitá tem origem na transposição de água da Barragem de Carpina, por meio de uma adutora de 18 km de extensão. Além dessa unidade, foram construídas uma estação elevatória e uma nova estação de tratamento de água (ETA). Com isso, o novo sistema terá vazão de 22,5 litros/segundo, garantindo o abastecimento regular por um período mínimo de 10 anos.

Fonte: Blog O Goitaense.

Biografia de Antão Borges Alves Criador do Jornal "O Goitaense"

Antão Borges Alves, nasceu em Setembro de 1844 e Faleceu em Agosto de 1918. Foram seus pais Paulo Borges Alves e Antonia Donata da Cunha. Casou-se em Fevereiro de 1864 com Dona Isabel Francisca de Paula Borges (Dona Bela), havendo desse consórcio vários filhos, entre eles o Cel. Antão Borges Junior, coletor fiscal, comerciante e Prefeito de Glória do Goitá 1920-1924. Maria Borges Souto Maior Paes (Dona Pretinha), esposa do Ten. José Mendes Santos Paes. Dona Maria da Glória, esposa do farmacêutico Dr. Bezerra (seu titiu).
Político filiado ao partido liberal, nomeado Tabelião público do Termo e município da Glória do Goitá, em 1878. No dia 8 de Fevereiro de 1879, imprimiu em sua tipografia o jornal “o Goitaense, periódico imparcial”.
Ele também criou o jornal "o vitoriense" no dia 5 de novembro de 1866, o primeiro jornal da Vitória de Santo Antão, que se intitulava "Gazeta Noticiosa do Interior de Pernambuco".
1° página do cartório de notas da Glória do Goitá. 1° tabelião Antão Borges; 2° José Mendes Santos Paes, 3° Djalma Paes, 4° Carlos Alberto(Cacá), 5° Wagner Paes.

Fonte: Blog o Goitaense.

História da Construção da Paróquia Nossa Senhora da Glória

[03:28, 04/11/2019] Epitácio De Souza: A construção da Igreja foi sem dúvida um acontecimento que marcou para sempre a História da Glória do Goitá.
Saiba por que a Igreja antiga, construída no ano 1868, pelos membros da Irmandade da Nossa Senhora da Glória, não foi preservada e porque deveria ser construída uma nova Igreja. Praticamente todos que trabalharam na construção foram voluntários doando o seu trabalho de forma gratuita para a construção da Igreja e das Escolas. Todos os finais de semana aconteciam quermesses para arrecadar dinheiro para a constução, o Padre Pedro criou um pastoril que se apresentava em rádios e teatros do Recife e da Região.
Esse pequeno resumo foi extraído do livro "Memórias de um Estudante" de autoria do Dr. Rubens Borges Bezerra, o engenheiro que construiu a nova Igreja, A escola Dom Miguel de Lima Valverde e a escola Paroquial.

Uma manhã, no início da década de 1950, estava no nosso escritório no edifício Igarassu, na Praça do Carmo, quando fui avisado que Padre Pedro de Souza Leão, vigário da Glória do Goitá, queria falar comigo.

Não o conhecia ainda pessoalmente, mas já sabia que era o novo Vigário da Glória do Goitá. Naturalmente o atendi, mas afastado como estava da Glória, com múltiplos afazeres, no inicio da minha carreira profissional, imaginei que ele viera procurar-me com o intuito de pedir auxílio para alguma pequena obra da paróquia.

Com surpresa recebi o pedido para construir uma nova Igreja Matriz para Glória do Goitá. Ponderei a Padre Pedro que a construção de uma obra desse porte seria muito dispendiosa e, em princípio, a antiga Igreja deveria ser recuperada.

No entanto, os argumentos daquele homem simples, com quem simpatizei naquele primeiro contato, fez com que lhe prometesse ir até a Glória para examinar o estado da igreja. Efetivamente, o prédio construído com alvenaria de pedras graníticas, com argamassa de cal, como se usava naquele tempo, estava apresentando diversas rachaduras, principalmente na parte ocupada pela sacristia. Além do mais, com crescimento da população, já não apresentava condições de abrigar o grande número de fiéis do município que freqüentavam habitualmente a missa aos domingos.

Por outro lado, explicou-me Padre Pedro, os protestantes da Assembléia de Deus já tinham um templo na Glória, com o número de fiéis aumentando.

Tive muito boa impressão de Padre Pedro, não somente pela sua simplicidade, usando batina preta, como fez sempre enquanto viveu, mas também, pelo respeito com que se referiu aos protestantes, com os quais sempre conviveu em boa paz.

Como havia prometido, fui à Glória, vistoriei a velha Igreja, reuni-me com o estado maior de Padre Pedro, Esmeralda de Carvalho, Waldemar Negromonte (Dinda) e Socorro Lemos dentre outros; ouvi a opinião de Nelson Holanda, José Borba e Antônio Cassimiro (Tôta), dentre outros e, resolvi ajudar Padre Pedro, não antes de me aconselhar com meu pai (Pai-tiu), minha mãe (Mãe Lola) e minha tia que me criou (Tinine), que viveu conosco toda a sua vida quando nos mudamos da Glória para o Recife.

Os trabalhos para a nova construção da nova Matriz começaram, como foi feito até o seu término, com muitos pedidos e muita engenhosidade para gerar verbas até o término de tão grande obra.

Coube a mim pedir ao arquiteto e pintor Augusto Reynaldo Maia Alves, com quem mantinha estreita amizade, a idealização do projeto, que foi desenhado por Armando Ranulfo, na Seção Técnica do antigo Departamento Nacional de Portos e Vias Navegáveis – DNPVN, com autorização do Dr. Lourival de Almeida Castro, Engenheiro Chefe daquela repartição, de onde eu era Chefe da Seção Técnica. Naquela época, esses eram os títulos oficiais utilizados pelo Departamento, nos diversos estados onde tinham representação.

Pronto o projeto, procurei o engenheiro Arlindo do Amorim Pontual, que para Fazer o cálculo estrutural que, como todos os outros, deu sua contribuição desinteressada.

Os projetos das instalações elétrica e hidráulico-sanitárias estiveram a cargo da Sotil, por intermédio dos engenheiros Eliel e Marcionilo que também deram sua contribuição.

Como encarregado da obra, juntamente com o Sr. Arlindo Saraiva, nosso mestre geral da firma Pernambuco Construtora Ltda., foi escolhido o Sr. Manoel dos Santos (Paizinho), que tomou conta da construção da nova Matriz. Iniciamos a Escola D.Miguel de Lima Valverde, construímos a Escola Paroquial, tendo Paizinho acompanhado Padre Pedro, quando ele saiu da Glória e foi para Vitória de Santo Antão, onde vez várias obras no Instituto de Pacas.

Lembro-me da primeira procissão a que compareci na Glória; cada pessoa com um tijolo na mão, outros carregando tijolos em carros de mão e ainda outros, na cabeça e carroças ou cavalos. Muita animação, mas para mim que estava acompanhando o projeto da nova Matriz, comentei com Nelson que meu medo era que a construção se transformasse numa obra de Santa Engrácia.

Mas qual, as obras da nova Matriz nunca pararam, a fé do povo sendo transmitida por meio das procissões, barracas de prendas nas noites das festas, pastoril que veio dançar até no Recife no teatro da Polícia Militar no Quartel do Derby.

Para a construção da nova Matriz, Padre Pedro e seu estado maior movimentavam com tudo que desse algum dinheiro, desde uma pipoqueira na calçada da Igreja. Era uma campanha atrás da outra, pedidos e mais pedidos, por meu intermédio ou por intermédio de quem quisesse ajudar.

O Sr. Miguel Gastão de Oliveira, atendendo minha solicitação, doou importante soma em dinheiro, bem como o Dr. Luiz Inácio Pessoa de Melo, industrial e um dos diretores do Banco do Povo, também ajudou na construção da nova Matriz.

Padre Pedro mostrou-se um batalhador incansável, simples, honesto, enquanto viveu. Tinha sobretudo enorme fé em Deus e em Maria, não se poupando jamais.

A construção da nova Matriz era o assunto de todos os glorienses e Pai-Tiu sempre tão prudente, por ocasião da concretagem da viga de grande seção que separa a nave da Igreja com o altar mor, chamou-me reservadamente, apreensivo, fazendo-me diversas perguntas a respeito da estrutura do prédio. Expliquei-lhe tudo, inclusive as preocupações tomadas pelo Dr. Arlindo Pontual, sabedor da pouca capacidade da betoneira utilizada na concretagem, o cuidado permanente com o traço do concreto, além da maneira como tinha sido projetada a estrutura da igreja, separada da estrutura da sua torre.

Com o trabalho incansável de Padre Pedro e seu estado maior e a fé singela do povo da Glória, a construção nunca parou.

O escultor e pintor Abelardo da Hora, contribuiu com a obra de arte em azulejos, que lá existe, pudesse ser feita.

Enfim, a nova Igreja Matriz da Glória do Goitá é um exemplo de fé, trabalho e boa vontade de pessoas as mais distintas, desde os que tinham para oferecer a sua única moeda, com tanto valor diante do Senhor, como aqueles que, sem nunca terem visto a obra, contribuíram desinteressadamente, confiando na figura simples de Padre Pedro, que a todos inspirava respeito.

Fonte: Blog O Gloitaense.

Ordem Cronológica de todos os prefeitos que já administraram cidade de Glória do Goitá

1° CAPITÃO ANTONIO EUSTACHIO D'ALBUQUERQUE PINTO (1893 - 1895)

2° ANTONIO LUDGERO PEREIRA FREIRE (1895 - 1902)

3° TEN. CORONEL ANTONIO SOTERO DE FARIAS (1910 - 1912)

4° CORONEL MANOEL PESSOA DE LUNA (1912 - 1915)

5° CAPITÃO JOSÉ ANTONIO DE ALBUQUERQUE (1916 - 1919)

6° ANTÃO BORGES JUNIOR (1920 - 1924)

7° CÂNDIDO CARNEIRO DE MORAIS (1925 - 1930)

8° MANOEL CORREIA DE VASCONCELOS (1931 - 1932)

9° AURINO CORREIA DE VASCONCELOS (1933 - 1938)

10° JULIO CARNEIRO DA SILVA (1939 - 1945)

11° MAJOR MARTINIANO (1946 - 1947)

12° DR. ALCY SOTERO DE FARIAS (1948 - 1951)

13° ARMANDO FRANCISCO ALVES (1951 - 1954)

14° JOÃO CAVALCANTE FERRAZ (1955 - 1958)

15° Pe. PEDRO SOUZA LEÃO FILHO (1959 - 1962)

16° DR. MANOEL PESSOA DE LUNA FILHO (1963 - 1965)

17° DR. RICARDO DE ALBUQUERQUE VIEIRA SANTOS (1965 - 1966)

18° JOSÉ DA COSTA BORBA [INTERVENTOR] (1967 - 1968)

19° JOSÉ VICENTE DE PAULA (1969 - 1972)

20° ARMANDO FRANCISCO ALVES (1973 - 1975)

21° URBANO DE SOUZA COSTA [Seu PIRITO] (1975 - 1976)

22° JOSÉ DA COSTA BORBA NETO (1977 - 1982)

23° DR. JOSÉ CORREIA DE OLIVEIRA (1983 - 1986)

24° ENILDO JOSÉ DA SILVA (1987 - 1988)

25° DR. JOSÉ CICILLIANO DE VASCONCELOS JUNIOR (1989 - 1992)

26° DR. JOÃO BARBOSA DA SILVA (1993 - 1996)

27° FERNANDA DORNELAS CÂMARA PAES (1997 - 2000)

28° FERNANDA DORNELAS CÂMARA PAES-REELEITA (2001 - 2004)

29° DR. ZENILTON MIRANDA VIEIRA (2005-2008)

30° DJALMA SOUTO MAIOR PAES JUNIOR (2009 - 2012)

31° DR. ZENILTON MIRANDA VIEIRA (2013 - 2016)

32° ADRIANA DORNELAS CÂMARA PAES (2017 - 2020)

Ordem Cronológica de todo os Padres que passaram pela Paróquia Nossa Senhora da Glória

1° Pe. ANTONIO DA SILVA CAVALCANTI-INTERINO 1837

2° Pe. JOAQUIM INÁCIO GONÇALVES DA LUZ 1838

3° Pe. MANOEL FERREIRA DA ROCHA 1867

4° Pe. JOÃO DA COSTA BEZERRA DE CARVALHO 1879

5° Pe. SEVERINO VIEIRA DE MELLO 1918

6° Pe. SEVERINO GUEDES PESSÔA DE VASCONCELOS 1921

7° Pe. ARTUR CARNEIRO BELTRÃO 1924

8° PE. RODOLPHO MARTINS MOREIRA 1937

9° Pe. JOSÉ MARIA DE FRANÇA 1948

10° Pe. OSVALDO GOMES MACHADO 1948

11° Pe. PEDRO DE SOUZA LEÃO FILHO 1949

12° Pe. JOSÉ LINS DE MOURA 1959

13º Pe. JAIME BRITO PESSOA 1961

14° Pe. MANOEL BARBOSA DA SILVA BAHER 1967
15° Pe. ANTONIO BARBOSA JÚNIOR 1973

16° Pe. MANOEL BARBOSA DA SILVA BAHER 1977

17° Pe. ADOLFO LIPIEC 1979

18° Pe. CÔNEGO SEVERINO CAETANO DA SILVA 1985

19º Pe. JACY BATISTA DE SOUZA-ADM. PAROQUIAL 1988

20° Pe. MANOEL MESSIAS LAURINDO DOS SANTOS 1989

21° Pe. MANUEL BEZERRA DO NASCIMENTO 1994

22° Pe. JOSÉ MARIANO DA SILVA 1996

23° Pe. SEVERINO FERNANDES DE MOURA 2003

24° Pe. JOÃO RIBEIRO DA SILVA 2008

25° Pe. SERGIO RAMOS 2012

26° Pe. ANTÔNIO RIBEIRO 2018

Audiobook do Livro "O Cabeleira" de Franklin Távora

Audiobook do livro "O Cabeleira" que conta a história do Gloriense José Gomes que foi o primeiro Cangaceiro da história.

Gloriense é o primeiro Cangaceiro da História

Filme completo da história do Gloriense José Gomes 
"O Cabeleira" o primeiro cangaceiro da história.

Antigo Jornal a Gazeta de Glória